sábado, 17 de janeiro de 2009

Jantar romântico.

A pergunta surgiu numa comunidade do Orkut que participo. E o tema era "como não passar vergonha". Segue meu post na íntegra.

"Vamos ser realistas. Um homem fazendo um jantar romântico com acerto de 100% em todos os quesitos seria meio estranho. (todos os questionamentos abaixo têm seus poréns)

- Dificil um homem que more sozinho e sua casa seja sempre arrumada, decorada, com panelas brilhando, as coisas todas no lugar, etc... Confesso que se eu visitasse um amigo e fosse desse jeito eu acharia estranho....

- Jantar romântico normalmente é só pretexto. O interesse masculino é outro e eu sei bem qual é por pertencer à classe.

- Quando rola a quimica, não precisa desse "ritual da corte à fêmea". Um miojo a dois pode tornar-se um momento inesquecível. Não é o jantar e sim o "A2". Cumplicidade, entendem??

- Se não rola a química, pode fazer o melhor prato do mundo, digno de qualquer chef francês. Vai dormir na punheta. Isso se ela não te achar viado por causa de tanto acerto.

- Se o objetivo é apenas o "abate", restaurante é a melhor escolha. Vista-se bem, use um bom perfume (212 é sempe uma boa escolha), faça toda a cena necessária.

- Se o objetivo for relacionamento a longo prazo, esqueça a cafajestagem. Ela funciona pro "abate" mas um dia a casa cai (homens). Pras mulheres, esqueçam as neuras. Se o cara é só um bonitão que vc quer "abater", faça o jogo.
Se for a longo prazo, encare o miojo como um banquete. Tudo "A2" é muito bom.

Dá pra fazer um jantar romântico em casa sem passar vergonha? Sim, dá!!
Depende de quem vem pra jantar, ou ser jantada. "

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

O velho caudilho contra a crise mundial

Chuvas e tempestade numa tarde vazia de verão. Raios cortam o céu numa luz fascinante e assustadora sobre São Borja.
De repente, um raio desce à terra. E atinge logo o túmulo do velho caudilho.
Sim, ele mesmo! Leonel Brizola. Aquele do finado PDT.
Como num conto sobre Frankenstein, a eletrecidade dos céus dá vida a um morto. E logo a quem!

Saindo de sua tumba, o caudilho logo procura o primeiro palanque.

Achou que estava tudo errado porque não havia seus correligionários por ali. Apenas umas cruzes e um som sombrio das árvores. Percebeu então que tinha passado dessa pra melhor. Mas estava de volta.

Leonel então foi pra cidade. E que polvorosa! Os mais novos achavam que era só um velho senhor andando pela praça.

Os mais velhos, ao reconhecerem a figura, faziam o sinal da cruz.
Seria o apocalipse?

Improvisou a caçamba de um caminhão estacionado por ali para começar seu discurso de volta ao mundo e à politica.

- Meu povo, compreende? Eu voltei para fazer desse país uma nação, compreende?

E o povo começou a se aglomerar. Que seria aquilo, ali no meio da praça de São Borja?

- Vou acabar com os corruptos, os ladrões desse país. Vou melhorar a educação, a saúde, o transporte e blá blá blá

Até esse momento de discurso básico de qualquer político, o povo só bocejava e ouvia.

- Vou acabar com a inflação galopante deste país, tchê.

Neste momento alguém lá no meio do povão levantou a mão e disse:

- Brizola, não temos mais inflação.

- Como? deixa eu terminar meu comício, guri - E continuou...

- Não vamos mais depender do FMI e acertar a dívida externa desse país!

- Brizola, não dependemos mais do FMI e a dívida externa está sob controle - novamente interveio o presente.

- Mas bah, isso não pode ser verdade. Então vou dar fim à esquerda desse país, que só atrapalha o desenvolvimento.

- Desculpa, Brizola. A esquerda está no poder. Se bem que disfarçada de neoliberal.

- Nãããoooo! Como assim, esquerda neoliberal? Sem inflação e sem FMI, com a dívida externa sob controle?

- Pois é, Brizola. Você esteve um tempo fora... sabe como é. Está desatualizado.

- Mas bah! Não entendo mais nada. Se está assim, quem é o presidente do país agora?

- Errr.... Lula. E no segundo mandato....

- O QUE??? ME LEVEM DE VOLTA PRA TUMBA, AGORA!!

sábado, 3 de janeiro de 2009

Dilema sobre a felicidade ou a obscuridade

Como diria Raulzito mais ou menos assim, já que não lembro a frase correta:
"Que pena que eu não seja burro. Ai não sofreria tanto"

A tradução mais correta disso talvez seja:
"Que pena que eu possa ver o óbvio. E ver no ser humano tanto horror e iniquidade, a ponto de tudo explodir (Citação explícita de Geni e o Zepellin - Chico Buarque)

Ver o óbvio é despir-se dos falsos deuses do cotidiano. É afastar-se do deus dinheiro, do deus fama, do deus "olhem pra mim!!! sou o máximo que eu mesmo não consigo acreditar. Então joguem flores no meu caminho. Para que eu possa me sentir gente"

E muita gente joga flores no caminho de muita gente. É a necessidade de acreditar.
E os fanfarrões de plantão colhem suas flores. E manipulam os floristas para que lhes dêem sempre pétalas no caminho.

Portanto, cuidado com o dilema!!!

Você prefere ser burro ou sofrer?