[...Uma mulher de 41 anos foi presa após ter atirado a própria filha do sexto andar de um prédio no Centro de Coritiba (PR). O crime aconteceu na noite de segunda-feira (30). A criança de oito meses caiu de uma altura de 20 metros e morreu na hora.]
O casal Nardoni está sendo julgado após um estardalhaço na mídia digno de novela global.
Não vi nenhuma TV de plantão 24 horas na porta da casa da tal enfermeira e nem cobertura exaustiva da mídia e muito menos manifestações na porta do prédio.
Será que é porque esse tipo de homicídio já virou rotina?
quarta-feira, 2 de julho de 2008
terça-feira, 1 de julho de 2008
Sobre a nova "lei seca" para os motoristas
No embalo da discussão da semana, pude observar diversas e contrastantes opiniões sobre essa nova lei. Se pega, não pega, vai gerar corrupção, é bem-vinda, maquina de gerar dinheiro, etc...
Das que mais ouço o valor da multa vem ali, empatado com a discussão sobre a corrupção pelos policias que vão levar algum pra liberar o cachaceiro.
Aí fico admirado como o brasileiro, esse povo incorruptível quando está do outro lado, o do extorquido, nunca para de pensar com essa mentalidade da corrupção, o de se dar bem e de ser facilmente corrompido. O foco não é a lei em sí mas os absurdos que vão gerar. Parte-se do princípio de que ninguém vai parar de encher a lata e depois dirigir. Dai a perplexidade dessas pessoas.
Se a questão é o valor da multa, porquê questioná-la se não vou beber? Se não vamos beber e dirigir, porque essa perplexidade?
Mas se nosso espírito brasileiro pensa demais nessa tal multa, achando absurdo, no fundo querendo que ela custasse apenas uns R10,00, é porque nosso desejo é mesmo trasgredir a lei, corrompê-la, seja pagando baratinho pra ficar de fogo ou soltando um por fora pro guarda nos deixar ir embora.
O inconformismo deveria vir não desses pontos de vista, que carregam no fundo essa alma brasileira corrupta, mas sim de aplicação efetiva da lei e para todos.
O remédio é amargo, eu sei, mas sem essa dose cavalar, continuaríamos a beber, matar ao volante e ficarmos impunes e de consciência limpa. Afinal, quem morre em acidente só é ser humano pros parentes e conhecidos. Pro resto, a quem muitos acham que isso nunca vai acontecer, é apenas notícia de jornal em algum lugar longe...
Das que mais ouço o valor da multa vem ali, empatado com a discussão sobre a corrupção pelos policias que vão levar algum pra liberar o cachaceiro.
Aí fico admirado como o brasileiro, esse povo incorruptível quando está do outro lado, o do extorquido, nunca para de pensar com essa mentalidade da corrupção, o de se dar bem e de ser facilmente corrompido. O foco não é a lei em sí mas os absurdos que vão gerar. Parte-se do princípio de que ninguém vai parar de encher a lata e depois dirigir. Dai a perplexidade dessas pessoas.
Se a questão é o valor da multa, porquê questioná-la se não vou beber? Se não vamos beber e dirigir, porque essa perplexidade?
Mas se nosso espírito brasileiro pensa demais nessa tal multa, achando absurdo, no fundo querendo que ela custasse apenas uns R10,00, é porque nosso desejo é mesmo trasgredir a lei, corrompê-la, seja pagando baratinho pra ficar de fogo ou soltando um por fora pro guarda nos deixar ir embora.
O inconformismo deveria vir não desses pontos de vista, que carregam no fundo essa alma brasileira corrupta, mas sim de aplicação efetiva da lei e para todos.
O remédio é amargo, eu sei, mas sem essa dose cavalar, continuaríamos a beber, matar ao volante e ficarmos impunes e de consciência limpa. Afinal, quem morre em acidente só é ser humano pros parentes e conhecidos. Pro resto, a quem muitos acham que isso nunca vai acontecer, é apenas notícia de jornal em algum lugar longe...
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